Alberto Williams: Violin Sonatas Nos. 2 & 3

Uma das facetas mais interessantes da nova geração do piano brasileiro é a atenção que ela dedica à música de câmara. O caso de Fabio Martino é exemplar. Com todas as marcas de um grande virtuose, ele tem trilhado uma carreira de destaque como solista de orquestras em todo o mundo. No duo AM, formado com o violinista Alejandro Aldana, da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, explora o diálogo camerístico com igual desenvoltura. O conjunto tem se dedicado a um repertório amplo, dando atenção especial à música brasileira, mas tem também ajudado a revelar autores pouco tocados, como o argentino Alberto Williams. Nessa nova gravação, o duo registra suas Sonatas para violino nº 2 e nº 3, representativas do estilo do autor. Nos anos 1880, Williams estudou na França, e sua música evoca o ambiente sonoro do período, com traços de César Franck, por exemplo. Mas ele alia o intimismo (ouça Vidalita, segundo movimento da Sonata nº 2) à inovação, criando uma música profundamente original, que Martino e Aldana recriam com verve e inteligência.

Alberto Williams has been described as ‘the grand old man of Argentine music’ and is recognised as one of the founders of an independent musical language for his native country. Williams studied in Paris during the 1880s, and his violin sonatas draw comparisons with his teacher César Franck – their heroic mood reflects the post-Wagnerian grandeur that was popular at the time. The concentrated and passionate interplay between violin and piano in Violin Sonata No. 2 bears comparison with Brahms, while the adventurous and at times experimental Violin Sonata No. 3 is notable for its striking shifts in harmony and dazzling virtuosity.