Lea Brückner: Pangea

O termo “pangea” (ou “pangeia”, em português) refere-se a uma enorme massa de terra continental banhada por um único oceano que começou a se fragmentar há 230 milhões de anos e deu origem aos atuais continentes. Parece mesmo um título sob medida para um álbum que oferece um olhar preciso para o talento da violinista Lea Brückner. Isso porque ela se propõe, em sua carreira, unir estilos, culturas e influências das mais variadas. Cria, assim, uma pangeia musical interessante, feita da riqueza individual das obras que interpreta e, ao mesmo tempo, do diálogo e da aproximação que a música permite. Ao lado da pianista Tamilla Guliyeva e do violonista Gábor Ladányi, Brückner passeia por obras de Ravel e Bartók e pela criação de compositores como Grazyna Bacewicz, Coleridge-Taylor Perkinson e William Kroll, unindo impressionismo, minimalismo e jazz. Encerra o álbum com uma das principais obra do estoniano Arvo Pärt, Spiegel im Spiegel, ou seja, espelho sobre espelho, propondo um jogo de projeções emocionante, ainda mais na delicada versão para violino e violão e que merece ser ouvida com atenção.

Pangea, which is violinist Lea Brückner’s debut album, combines the ideas of expanding and illuminating the diversity of classical music. The selection of works takes the listener on a journey through nine countries, musical styles such as impressionism, minimalism and jazz, and displays the influence of folklore on composers.

Well-known names such as Maurice Ravel, Arvo Pärt and Béla Bartók are complemented by Aleksey Igudesman and his dramatic Flamenco Fantasy, together with works by Polish composer Grazyna Bacewicz, Coleridge-Taylor Perkinson, and William Kroll. Another highlight is the famous Melody by Ukrainian composer Myroslav Skoryk. Lea Brückner is accompanied by pianist Tamilla Guliyeva and guitarist Gábor Ládanyi.