O Resto é Ruído

Crítico de música da revista New Yorker, Alex Ross trata nesse livro da música erudita contemporânea, indo desde o início do século XX até o limiar do século XXI. No entanto, ele não se restringe a uma mera descrição de vida e obra dos principais compositores, mas examina também o diálogo que essa música estabeleceu com a literatura, as artes plásticas, o teatro e o cinema, assim como a abolição das fronteiras entre o erudito e o popular. Dessa forma, Stockhausen, Ligeti e Philip Glass figuram ao lado de Duke Ellington, Charles Mingus e Velvet
Underground. De escrita fluida e leitura bastante agradável, o livro é um abrangente e inspirado panorama político-cultural que desperta interesse não só de especialistas mas do público em geral. Além de ter sido indicado ao prêmio Pulitzer de 2008, "O resto é ruído" foi eleito um dos melhores livros de 2007 pelos jornais New York Times, Washington Post e pela revista britânica The Economist.