Dvorak & Borodin

Após três discos dedicados ao repertório brasileiro, o Quarteto Camargo Guarnieri dedica-se à música europeia. Para tanto, escolheram duas peças: o Quarteto nº 2 de Alexander Borodin e o Quarteto nº 12, Americano de Antonín Dvorák. A primeira foi escrita por um compositor russo durante um período de férias em uma pequena cidade a quatrocentos quilômetros de Moscou; a segunda, por um tcheco em viagem aos Estados Unidos. Ainda assim, possuem elementos em comum. Borodin, ao trabalhar na peça, procurou inspiração no folclore russo, forma de se afastar da influência da música germânica; Dvorák, por sua vez, inspirou-se na música de índios e negros norte-americanos ao esboçar sua partitura. Sua união em um disco, portanto, estabelece um paralelo interessante. É especialmente tocante a leitura do quarteto – formado pelos violinistas Elisa Fukuda e Ricardo Takahashi, o violista Silvio Catto e o violoncelista Joel de Souza – para os movimentos lentos. Haverá recital de lançamento dia 22 de julho, na Sala São Paulo.