Eliomar Landim in Concert

Eliomar Landim escolheu um caminho profissional que aproxima mundos distintos. Ele conheceu o acordeão aos 7 anos de idade, por meio de seu pai. Com o tempo, passou aos estudos formais. Trabalhou com Julio Medaglia e Toninho Ferragutti. E os anos lhe permitiram refinar sua percepção do instrumento, que costumamos associar exclusivamente à música popular. “O acordeão é um dos únicos instrumentos que consegue executar com perfeição o repertório erudito e deve ser mais valorizado e respeitado”, diz ele. “Não só pelas questões folclóricas e tradicionais, mas também por seus recursos e suas possibilidades de execução da música clássica.” Seu primeiro disco é prova disso. Basta ouvir a rica sonoridade que ele empresta, por exemplo, ao Moto perpetuo, de Paganini, ou à abertura da ópera O barbeiro de Sevilha, de Rossini. Ou então como recria partituras célebres como Rapsódia húngara nº 2, de Liszt, ou O voo do besouro, de Rimsky-Korsakov. É um disco que revela a musicalidade de um intérprete sem barreiras e que oferece ao ouvinte a chance de conhecer sob outros prismas um pouco do grande repertório.