Korngold: String Quartets Nos. 1-3

O compositor austríaco Erich Korngold entrou para a história da música ao compor sua ópera A cidade morta e pelo trabalho realizado em Hollywood como autor de trilhas – a Segunda Guerra Mundial fez com que ele se exilasse nos Estados Unidos. Sua obra, no entanto, tem passado por um processo de redescoberta e reavaliação; nesse contexto, sua música de câmara vem se revelando fundamental – em especial seus quartetos de cordas, gravados agora pelo Quarteto Tippett, que escolheu tais obras para marcar seu aniversário de 25 anos. Os quartetos oferecem um olhar privilegiado para o desenvolvimento da carreira de Korngold. Os dois primeiros, compostos nos anos 1920 e 1930, respectivamente, trazem uma escrita eloquente, em que o aspecto rítmico tem importância capital, assim como o trabalho de texturas que se propõe. O Quarteto nº 3, por sua vez, é uma peça desafiadora pela clareza que exige dos músicos e pelo modo como sintetiza a tradição do quarteto de cordas com novas possibilidades expressivas. Na interpretação do Tippett, todos esses elementos são ressaltados com enorme envolvimento musical e proeza técnica capazes de revelar a obra de câmara de Korngold como referência na música daquele período.

Erich Wolfgang Korngold wrote a significant body of chamber music (the Piano Trio and String Sextet are on Naxos 8.574008). His three String Quartets reflect differing periods of composition. The First marries impetuousness with enticing harmonies and rapt eloquence. The Second, which dates from 1933, is notable for its clarity, rhythmic impetus and melodic directness. The post-war Third is more relaxed, unexpectedly juxtaposing the archaic and modern with a joyful conclusion.