Biber: Mystery (Rosary) Sonatas

Escritas nos anos 1670, as Sonatas de mistério – também conhecidas como Sonatas do rosário, por estarem associadas ao rosário cristão –, de Heinrich Ignaz Franz Biber, são símbolo do trabalho do compositor. Foram descobertas no fim do século XIX e publicadas pela primeira vez em 1906. Trazem uma escrita revolucionária para o violino. Amandine Beyer, que se especializou no repertório barroco, tem relação íntima com as peças e aqui as interpreta no contexto de um projeto mais amplo, que nasceu em diálogo com a dança, quando tocou as obras com o grupo Gli Incogniti para uma coreografia da Companhia Rosas. A violinista explica que o contexto marcou a interpretação: os músicos procuraram focar o que definem como o movimento da música, extraindo um novo sentido de dramaticidade e expressividade. Difícil discordar, tendo em vista a enorme riqueza com que recriam as obras, que se revelam de forma sempre contrastada e repleta de nuances.

Whether we call them ‘Mystery’ or ‘Rosary’ Sonatas, these fifteen pieces, crowned by a sublime passacaglia for unaccompanied violin, form one of the greatest violinistic masterpieces of the Baroque repertory.

This version, by Amandine Beyer and Gli Incogniti, derived from a dance project with the Rosas company, leads us into their magical universe through a novel prism: that of movement, to which these pieces are an infinite ode.