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As suítes para violoncelo de Johann Sebastian Bach ganharam tamanha importância no repertório que é difícil imaginar que nem sempre foi assim. Escritas na primeira metade do século XVIII, elas foram praticamente ignoradas pelo establishment musical do século XIX, que as tratou em geral como meros estudos, sem grande repercussão nem valor artístico. Apenas nas primeiras décadas do século XX é que as suítes passariam a ser vistas como obras fundamentais na exploração das possibilidades expressivas do instrumento – e nesse processo foi fundamental o trabalho do violoncelista catalão Pablo Casals, o primeiro a gravar as obras, na década de 1930. É essa a história que o jornalista Eric Siblin narra, de maneira eficiente e sem pedantismo, usando um recorte bastante original – o autor intercala a história de Bach, criador das peças, com a de Casals, responsável por resgatá-las e garantir seu lugar na história da música ocidental. Forma-se, assim, um painel duplo e fascinante, que tem as suítes ao mesmo tempo como personagens e pano de fundo, como anota o musicólogo Carlos Kater na apresentação da edição brasileira do livro: “Dois homens, dois mundos, duas épocas, duas tramas. É possível escutar os sons dos passos que deram em busca da realização de suas convicções, engajados em momentos sociais e políticos distintos, tendo porém convergência nessa música sensível e potente”. Um livro que pode interessar tanto aos amantes da música quanto aqueles interessados em descobri-la.
Detalhes / Referência
As Suítes para Violoncelo
Eric Siblin
Eric Siblin
Ficha Técnica
Tipo de Produto | livro |
Selo/Editora | É Realizações |
Número de Catálogo/ISBN | 978-85-8033-157-8 |
Procedência | |
Peso de item | |
Data gravação | 2014 |
Data de Lançamento | 2014 |
Livro - Páginas | 360 |
Livro - Formato | 14 x 21 cm |
Livro - Acabamento | lombada quadrada |
Livro - Idioma | português |