Beethoven – Prometheus

Sinfonias, concertos, quartetos e sonatas deixados por Beethoven são tão ricos que uma vida dedicada a eles parece insuficiente para esgotar todas as possibilidades expressivas. Mas o compositor deixou ainda outras obras que, à sombra, nem sempre frequentam as principais salas de concerto mundo afora. É o caso do balé As criaturas de Prometeu, escrito em 1801, entre a primeira e a segunda sinfonias. Na verdade, Beethoven utilizaria o tema da abertura como inspiração para o movimento final da Sinfonia nº 3, Eroica. Mas, à parte disso, pouco se conhece dessa partitura. E foi por esse motivo que o maestro George Petrou e a orquestra Armonia Atenea escolheram a peça para sua nova gravação. Trata-se de um conjunto versátil, que chama atenção em especial pela energia de suas interpretações e pelo modo como transita por diversos repertórios, utilizando tanto instrumentos de época quanto modernos – antes de Beethoven, eles fizeram, por exemplo, um registro premiado da ópera Alessandro, de Händel. Petrou, por sua vez, depois de um início como pianista, acabou se voltando para a regência, com atenção especial à ópera.