Beethoven: Complete Variations For Piano, Vol. 2

A expectativa para o lançamento do segundo volume de Variations era grande. O primeiro saiu no ano passado, com uma proposta original do pianista Cédric Tiberghien: registrar todas as variações escritas por Beethoven, mas em diálogo com peças de outros autores, formando um panorama histórico da forma de variações. O conceito é bastante claro, mas a realização é mais complexa do que pode parecer. Afinal, como escolher essas combinações de uma forma que façam sentido musical e não sejam apenas justaposições? Se no primeiro volume o pianista já havia superado essa dificuldade, aqui dá um passo além. Logo de cara, o disco nos oferece as 32 Variações WoO 80, seguidas de Mein Junges Leben hat ein End, de Jan Pieterszoon Sweelinck, autor do século XVI. O álbum, na verdade, pode ser ouvido tanto em pares quanto em conjuntos mais amplos – e essa talvez seja a forma mais interessante. Basta citar esse encadeamento: a Partita para violino nº 2, de Bach (arranjada para piano à mão esquerda), as Variações sobre Rule Brittannia e as Variações WoO 77, de Beethoven, Last pieces, de Morton Feldman, e os Sete Haiku, de John Cage. É de tirar o fôlego.

After a formidable first volume, Cedric Tiberghien continues his exploration of Beethoven's corpus of variations. At the heart of this new album are the famous Thirty-two Variations in C minor and their tangy reminiscences of Bach - the Ciaccona from Partita No.2 for violin solo, presented here in Brahms's masterly transcription. He also takes the opportunity to show us what a certain school of American composers (Crumb, Cage, Feldman) has made of this tradition of variation form.