Britten: Violin Concerto, Chamber Works

O lançamento de um novo álbum da violinista Isabelle Faust é sempre uma boa notícia – e, neste caso, há ainda mais motivos para celebrar. Com a Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks e o maestro Jakub Hrusa, um dos mais interessantes da nova geração, ela gravou o Concerto para violino, de Benjamin Britten. A peça foi escrita no início dos anos 1940, durante um período que Britten passou na casa de Aaron Copland, e sofreu algumas revisões – a principal delas, em 1950, quando Jascha Heifetz anunciou seu interesse em tocá-la. É uma obra que merece espaço entre os grandes concertos do século XX: de um lado, o clima conflituoso da orquestra, recriado com verve por Hrusa e seus músicos; de outro, o lirismo nunca autoindulgente do violino de Faust. É uma jornada musical estimulante, mas que não termina aí. Pois Faust se une, no restante das faixas, a um de seus principais parceiros de música de câmara, o pianista Alexander Melnikov, para uma seleção de peças de câmara – uma faceta injustamente pouco explorada de Britten, como as interpretações do disco deixam claro.