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Há muitas maneiras de ler este livro. Uma delas é reconhecer no texto que Dostoiévski redigiu na juventude para anunciar a revista de humor O Trocista (logo interditada pela censura) e nos folhetins publicados no jornal Notícias de São Petersburgo, em 1847, alguns traços de estilo — a dicção veloz, a mescla de registros, a aguda análise psicológica — que mais tarde se tornariam marcas inconfundíveis do autor de Crime e castigo. Outra é simplesmente se deliciar com estas Crônicas de Petersburgo e se deixar levar pelas mãos do genial escritor, que apresenta ao leitor a sua cidade. Como diz Fátima Bianchi, professora da Universidade de São Paulo, que traduziu e apresenta este volume, Petersburgo aqui não é apenas o lugar da ação, mas sim a grande protagonista. Com um senso de observação fora do comum, o narrador destes folhetins — talvez “o único flâneur nascido em solo petersburguense”, diz ele — mergulha intensamente na alma da cidade e de seus moradores, no período que vai do final do inverno à chegada do verão. Numa escrita ágil, que combina uma ironia afiada e um lirismo comovedor, Dostoiévski nos introduz a uma metrópole caótica, inconstante, repleta de construções incongruentes, uma verdadeira miscelânea, mas onde, “em compensação, tudo é vida e movimento”.
Detalhes / Referência
Crônicas de Petersburgo
Fiodor Dostoiévski
Fiodor Dostoiévski
Ficha Técnica
Tipo de Produto | Livro |
Selo/Editora | |
Número de Catálogo/ISBN | 9786555250411 |
Procedência | |
Peso de item | |
Data gravação | 2021 |
Data de Lançamento | 2021 |
Livro - Páginas | 96 |
Livro - Formato | 14x21 cm |
Livro - Acabamento | Lombada Quadrada |
Livro - Idioma | Português |