Francisco Braga – Cauchemar e Jupyra

Osesp / John Neschling

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Francisco Braga é um dos grandes nomes do romantismo musical brasileiro. O vasto repertório deste compositor contém tanto obras sinfônicas quando camerísticas, e nele se destaca uma ópera, talvez sua peça mais importante, Jupyra.
Jupyra foi originalmente uma criação do escritor mineiro Bernardo Joaquim da Silva Guimarães (Ouro Preto, 1825-1884), na forma de um conto literário. Para que pudesse ser transformado em ópera, o conto foi transcrito em libreto por Gastão D´Escragnolle Doria, destacada figura na vida cultural do Rio de Janeiro na época.
A breve e trágica história se passa no século XIX, na região da Vila de Campanha do Rio Verde, no centro-sul de Minas Gerais. O coro inicial anuncia que o amor é volúvel, que muda como a lua e o vento. Jupyra, uma jovem índia humilde, está apaixonada por Carlito, com quem tem uma relação amorosa. No entanto, Quirino se declara a Jupyra, e pelo seu amor seria capaz de qualquer coisa. Mas Jupyra não corresponde aos desejos de Quirino, e se sente feliz por amar Carlito, imaginando que seu amor é correspondido. Carlito, porém, já está enjoado dos amores com Jupyra e quer se livrar dela, mas não pretende causar constrangimentos. E por isso, dissimula. Perguntado por Jupyra se ainda a ama, Carlito responde seco: "pergunte aos meus amigos".
Carlito se encontra com Rosália, moça muito bonita, e há toda uma cena amorosa entre os dois, com juras românticas. O encontro é presenciado por Jupyra, que entra em desespero e pede a Quirino que mate Carlito. Ao ver o corpo de Carlito boiando no Rio Verde, ela se atira de uma ponte para a morte.
Assim como no libreto há o confronto entre personagens de origens étnicas que formaram nossa identidade nacional, a música de Braga também evoca cantos que começam a lembrar o fraseado da canção popular brasileira, como o inequívoco dolce no tema de abertura, depois recapitulado na coda final. Mas naquele fin-de-siècle ainda não se solidificava a discussão quanto ao caráter nacional da música brasileira, própria das gerações modernas seguintes. O estilo de Francisco Braga contém, portanto, uma síntese de várias correntes musicais românticas europeias de sua época, que remontam desde a influência direta de seu professor Massenet, em Paris, mesclada com certos recursos típicos do verismo de algumas óperas italianas e, em determinados momentos, acolhendo também o sinfonismo contraponstístico de Wagner.
Estreia mundial.

Detalhes / Referência

Francisco Braga
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
John Neschling, regente
Cauchemar
Jupyra
Eliane Coelho - soprano
Rosana Lamosa - soprano
Mario Carrara - tenor
Phillip Joll - barítono

Ficha Técnica

Tipo de ProdutoCD
Selo/EditoraBiscoito Fino
Número de Catálogo/ISBNBC 238
Procedência
Peso de item
Data gravação2009
Data de Lançamento2009
NHR210