J.S. Bach – The Art of Fugue

A arte da fuga de Bach é um dos grandes monumentos da história da música ocidental e carrega um mistério que é parte fundamental do fascínio que tem despertado, desde sua composição, em intérpretes e no público: Bach, ao escrever a peça, não especificou um instrumento para a interpretação. Por causa disso, a obra, que é símbolo do auge a que Bach levou a forma da fuga, já ganhou leituras das mais diversas, do piano solo a versões orquestrais. Aqui, a interpretação fica a cargo dos quatro flautistas do Quinta Essentia – Gustavo de Francisco, Renata Pereira, Felipe Araújo e Fernanda de Castro – quarteto que completou dez anos de pesquisas e apresentações em 2016, elegendo como marco da celebração justamente este registro. Isso porque, como eles escrevem no encarte, a flauta doce é um instrumento que atinge seu maior desenvolvimento justamente no período barroco, assim como a fuga. O resultado é mais um testemunho da essência do trabalho do grupo: revelar a riqueza que se esconde na aparente simplicidade da flauta doce.