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O cravista Marcelo Fagerlande é um dos responsáveis, nas últimas décadas, pelo interesse renovado, na cena musical brasileira, no cravo e em seu repertório. Mas há alguns anos ele se colocou um desafio: entender a presença do instrumento no Rio de Janeiro desde o início do século XX. Partiu, então, a uma tarefa que, em entrevista a Luciana Medeiros, na página 10, chama de detetivesca. Ao lado de duas ex-orientandas, Mayra Pereira e Maria Aída Barroso, mergulhou em acervos brasileiros e internacionais. E agora mostra, em O cravo no Rio de Janeiro do século XX, o resultado do trabalho. Há descobertas extraordinárias. Leopoldo Miguez, por exemplo, comprou, em março de 1900, um cravo Pleyel, sugerindo o interesse em tê-lo na estrutura do Instituto Nacional de Música, do qual era diretor – Fagerlande acredita que o plano foi deixado de lado com sua morte, dois anos depois. Há também referências a diferentes artistas que estiveram no Rio com seus instrumentos. E assim por diante. O livro está repleto de imagens. Fagerlande assina o texto até o início de sua trajetória profissional, quando Mayra e Maria Aída assumem a escrita – é o momento em que o autor torna-se personagem, como ele explica. Em resumo, a obra acaba sendo um olhar não apenas para o cravo, mas para a história da música no Rio de Janeiro do século XX. Um documento precioso.
Detalhes / Referência
O cravo no Rio de Janeiro do século XX
De Marcelo Fagerlande, Mayra Pereira e Maria Aída Barroso
De Marcelo Fagerlande, Mayra Pereira e Maria Aída Barroso
Ficha Técnica
Tipo de Produto | Livro |
Selo/Editora | |
Número de Catálogo/ISBN | 9786587913100 |
Procedência | |
Peso de item | |
Data gravação | 2020 |
Data de Lançamento | 2020 |
Livro - Páginas | 384 |
Livro - Formato | 17x24 cm |
Livro - Acabamento | Lombada quadrada |
Livro - Idioma | Português |