Rossini: The String Sonatas

A trajetória de Gioacchino Rossini está associada à ópera. Nem poderia ser diferente. Entre os 18 e os 37 anos, escreveu nada menos que 39 peças do gênero. E, antes de se aposentar, voltou a compor apenas ao completar 65 anos, quando escreveu um conjunto de peças para piano, que chamou de “pecadilhos da velhice”. Nos anos 1950, no entanto, pesquisadores encontraram na Biblioteca do Congresso, em Washington, uma preciosidade: uma série de sonatas para cordas escritas pelo autor quanto tinha apenas 12 anos e ainda não havia iniciado seus estudos formais em composição. São obras de grande originalidade. A começar pelo fato de todas elas serem escritas para quarteto de cordas, aqui formado por três integrantes do quarteto do Scala de Milão (Francesco Manara, Massimo Polidori e Daniele Pascoletti) e por Francesco Siragusa, spalla dos contrabaixos do teatro. São músicos de excelência inquestionável, que parecem muito à vontade com as idas e vindas de uma escrita solar, repleta de contrastes e que, de alguma forma, antecipam a riqueza do canto que marcaria as óperas de Rossini. Um disco que equivale a uma verdadeira descoberta.

Gioacchino Rossini (1792-1868) was the most significant Italian composer of the first half of the nineteenth century. Born to working musicians – his father was a horn player, his mother an opera singer – his operas, both comic and serious, conquered Maples, Italy and later the rest of the world. His style is sensuous, brilliant and rhythmically vital, a constant source of delight and excitement. Rossini was just twelve years old when during the summer holidays, spent in 1804 at the Conventello in Ravenna estate in the home of the Triossi family, he composed the “Sei sonate a quattro”. Rossini had been invited by the young Agostino Triossi, a self-taught double bass player, who had asked him to write chamber music for him and for his cousins Luigi and Giovanni Morini, who used to play the violin and the cello, respectively.

After their composition, the tradition of performing them frequently in transcription for string ensembles has established itself, although the performance, according to the original text, (certainly better), highlights the lively dialogue among the instruments. • The present recording is played in the original form by four string players, Francesco Manara (violin), Daniele Pascoletti (violin), Massimo Polidori (cello) and Francesco Siragusa (double bass), in the best Italian tradition of instrumental Belcanto.