Violin Unlimited – Baiba Skride plays Solo Sonatas

O título do novo disco da violinista letã Baiba Skride é sugestivo. Violino sem limites. Talvez esteja aí uma ode às possibilidades expressivas do instrumento que se mostra à vontade em concertos, peças de câmara e também em solos, como nas partitas de Bach. Para tanto, é importante que o intérprete tenha domínio da música e da técnica, o que definitivamente é o caso de Skride. O interessante do disco começa já na escolha de repertório, que tem como foco obras escritas na década de 1920, por compositores que, justamente pela diversidade de suas escritas, ajudam a mostrar tudo o que o violino é capaz de fazer. A Sonata de Erwin Schulhoff, por exemplo, é característica do caleidoscópio que é a criação do compositor, aqui interessado em explorar a tradição folclórica, influenciado por Bartók. Já a Sonata de Paul Hindemith une uma escrita angulosa a um lirismo surpreendente. O disco traz também peças de dois autores menos conhecidos: de Philipp Jarnach, Skride toca a Sonata op. 13, de estilo neoclássico; de Eduard Erdmann, a Sonata op. 12, símbolo do momento em que ele se afasta do expressionismo em busca de um novo tipo de linguagem.

On her first album for solo violin, internationally acclaimed and renowned Latvian violinist Baiba Skride interprets selected sonatas by Erwin Schulhoff, Paul Hindemith, Philipp Jarnach and Eduard Erdmann.

Although Johann Sebastian Bach’s sonatas and partitas for violin solo are regarded as the measure of every violinist’s technical skill and maturity, compositions for unaccompanied violin became increasingly rare in subsequent epochs (the classical and the romantic era). It wasn’t until the turn of the 20th century that Max Reger made a conspicuous contribution in this field with altogether eleven sonatas. His example was an impetus that very plausibly inspired his contemporaries and successors to come up with the four contributions to this genre from the 1920s on this disc.