Vivaldi: Concerti Per Una Vita

Escrevendo sobre o álbum, o crítico da BBC Music Magazine não poupou elogios: “Não há dúvida alguma sobre o excepcional talento do solista e da orquestra, também regida por Langlois de Swarte, exuberantes, diretos, introspectivos e melancólicos”. São contrastes, e a atenção a eles é particularmente importante quando se aproxima desse repertório. Nome em ascensão no cenário internacional, Théotime Langlois de Swarte escolheu como tema de seus discos uma seleção de passagens de concertos para violino de Vivaldi, algumas conhecidas, outras frutos de pesquisa realizada pelo musicólogo Olivier Fourés. É muito especial o modo como o violinista aborda as obras. No texto do encarte, ele fala de seu interesse particular pelos movimentos lentos, em que diz encontrar toda a riqueza da expressividade de Vivaldi e a maestria com que escrevia para o violino. O jovem músico fala também de como buscou aproximar seu som àquele que associamos à voz humana. Ele não é o primeiro a estabelecer paralelos entre instrumentos de cordas e o canto – mas, ao tocar, o faz com delicadeza e maturidade ímpares.

One must get past the cliché (‘Vivaldi composed the same concerto 500 times’) to understand the extent to which composer, instrument and genre form an indissoluble whole; and that is what Théotime Langlois de Swarte and the musicians of Le Consort have set out to do.

From his early youth in Venice to his last days in Vienna, the ‘red-haired priest’ pushed back technical and academic boundaries, constantly creating new narrative forms: the journey of a lifetime.